Escrever uma Lista de Tarefas Diárias Ajuda a Dormir mais Rápido!
Por acaso você tem o costuma de escrever uma lista de tarefas diárias?
Não são todas as pessoas escrevem algo todos os dias. Mas aqueles que, de alguma forma, já mantêm esse hábito, sabem o quanto ele faz bem. Quando você coloca no papel tudo o que precisa, é possível notar até mesmo uma certa leveza e um relaxamento mental. Mas o poder da escrita não é apenas isso. Algo simples, como escrever uma lista de tarefas, pode ser de grande ajuda!
Você ou alguém que conhece anda tendo problemas com o sono? Atualmente isso acontece bastante, principalmente pela rotina moderna agitada e os nossos muitos afazeres, seja na vida profissional ou pessoal.
Então, agora vem a boa notícia. Segundo uma pesquisa científica, quando você escreve uma lista de tarefas, há maior probabilidade de dormir mais rápido. Achou estranho? Pois é isso mesmo…
Pesquisadores da Universidade de Baylor, no estado americano do Texas, reuniram 57 estudantes universitários voluntários para um estudo inédito sobre a qualidade do sono.
Eles queriam descobrir se um conselho popular era verdade. Trata-se das pessoas que dizem que descarregar as preocupações no papel ajuda a relaxar – e, consequentemente, dormir. Será mesmo?
Os participantes então passaram uma noite no laboratório da universidade. Antes de irem dormir, metade deles foi orientada a escrever as atividades que tinham concluído nos últimos dias. A outra metade escreveu uma lista de tarefas diárias, a ser cumprida no dia seguinte.
Durante toda a noite eles foram analisados com um aparelho de polissonografia, usado para medir a qualidade do sono a partir da atividade elétrica do cérebro.
O que a pesquisa da lista de tarefas mostrou
Os resultados foram claros. Os voluntários que escreveram a lista de tarefas a fazer pegaram no sono mais rápido do que os que escreviam apenas as tarefas concluídas.
Mas, agora, uma coisa interessante: quanto mais detalhada era a lista, melhor o resultado com relação ao sono! Ou seja, escrever mais ajudou a dormir mais rápido. Não é incrível?
De acordo com o Dr. Michael K. Scullin, autor da pesquisa e diretor do Laboratório de Sono, Neurociência e Cognição da Universidade de Baylor, a pesquisa comprova que descarregar as preocupações no papel realmente pode ajudar a desestressar.
Nesse caso, fazer uma lista de tarefas ajuda ainda mais, pois assim descarrega-se justamente a preocupação imediata, que deve ser resolvida no dia seguinte – algo que pode estar nos atrapalhando a dormir.
O Dr. Scullin comenta ainda que este é um teste com uma amostragem pequena, e não necessariamente pode valer para todas as pessoas:
“Medidas de personalidade, ansiedade e depressão podem moderar os efeitos da escrita ao adormecer, e isso pode ser explorado em uma investigação com uma amostra maior.
Recrutamos jovens adultos saudáveis e, portanto, não sabemos se nossas descobertas se generalizariam para pacientes com insônia, embora algumas atividades de escrita tenham sido sugeridas anteriormente para beneficiar esses pacientes”.
Não custa tentar!
Essa pesquisa demonstra o poder que a escrita tem no nosso dia a dia. Além disso, é interessante perceber como ela tem influências reais no nosso cérebro! Quem iria imaginar que escrever uma simples lista de afazeres poderia ajudar a dormir?
Então, se você ainda não tem o hábito de escrever, nossa sugestão é que comece o quanto antes! Pode ser simples, apenas algo útil para se organizar, como vimos na pesquisa.
Logo você estará escrevendo mais e notando como isso o beneficia. Quem sabe não se transforma, de fato, um escritor? Vai ser interessante perceber que tudo começou com uma simples lista de tarefas diárias!
Veja também: Como Melhorar a Escrita? Segundo a Ciência, é só Digitar Mais Devagar!
Fonte: Eurekalert
Referência da pesquisa: Michael K. Scullin, Madison L. Krueger, Hannah K. Ballard, Natalya Pruett, Donald L. Bliwise. The effects of bedtime writing on difficulty falling asleep: A polysomnographic study comparing to-do lists and completed activity lists.. Journal of Experimental Psychology: General, 2018; 147 (1): 139 DOI: 10.1037/xge0000374