Templo feito com 100 mil livros é erguido onde nazistas queimaram obras

Um debate sobre a censura e formas de autoritarismo. Essa foi a intenção da artista plástica argentina Marta Minujin com sua obra  “Parthenon dos Livros” construída na Alemanha. A réplica do templo grego foi montada com cerca de 100 mil cópias de 170 livros que foram proibidos – alguns dos quais continuam até hoje banidos.

A obra de arte tem as mesmas dimensões do Parthenon original. Segundo Pierre Bal-Blanc, o curador da exposição, são 70 metros de comprimento, 31 metros de largura e 10 metros de altura. 46 colunas de metal servem de apoio para os 100 mil livros, devidamente protegidos por estruturas de plástico.

Um ano de preparação

O Parthenon de Livros foi a atração principal do festival de arte contemporânea Documenta, realizado no ano passado na cidade universitária de Kassel, na Alemanha. O local onde foi erguido é bastante significativo: o mesmo lugar onde os nazistas queimaram livros de autores judeus e marxistas, em 1933.

Os livros começaram a ser coletados um ano antes, com a ajuda de estudantes da Universidade de Kassel. Eles fizeram um inventário de livros proibidos, não somente durante o os anos do nazismo, mas em outros períodos da história. Títulos proibidos na Alemanha Oriental comunista também entraram na lista. Ao final, a equipe da artista selecionou 170 obras, que fizeram parte do Parthenon.

Agora, mesmo depois do fim da exposição, Minujin, que considera este o seu trabalho mais político, continua coletando livros banidos. A ideia é redistribui-los ao público.

Fonte: The Local 

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