Nomes próprios mudam com a Nova Ortografia?

O Novo Acordo Ortográfico (que de novo tem pouco, já que data de 1990) mudou muita coisa em nossa grafia, não é mesmo? Caíram acentos, palavras que eram juntas ganharam hífen, palavras hifenizadas se juntaram. Porém, uma dúvida de muitos é em relação aos nomes próprios. Afinal, eles seguem ou não as novas regras?

Nomes próprios continuam como antes

A resposta, para alívio de muitos, é não! Segundo a Base XXI do documento, para ressalva de direitos, cada um poderá manter a escrita que adote na assinatura de seu nome, seja por costume ou registro legal. Isso vale também para os nomes de firmas comerciais, de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.

E o trema? Ele foi um dos que deram adeus às palavras portuguesas ou aportuguesadas. Contudo, permanece em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller etc.

Além disso, estão mantidas, nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros, quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que apareçam nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; shakespeariano, de Shakespeare.

–> Veja também: As 4 Principais Mudanças da Nova Ortografia

Convenhamos que faz todo o sentido não modificar os nomes próprios por conta da Nova Ortografia, não é mesmo? Afinal de contas, imagina a quantidade de pessoas e empresas que precisariam alterar documentos? Seria uma trabalho gigantesco!

Tem alguma dúvida sobre a Nova Ortografia ou sobre outro assunto relacionado à língua portuguesa e literatura? É só escrever nos comentários!

autor-paloma

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