O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez
Título: O amor nos tempos do cólera
Autores: Gabriel García Márquez
Páginas: 432
Editora: Record
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Resenha por: Giovanna Sarto*
El amor en los tiempos del cólera (em português, “o amor nos tempos do cólera”) é aquele romance que você começa a ler despretensiosamente e de repente encontra-se tão envolto pela narrativa que é impossível não continuar.
Trata-se de um clássico da literatura latina, onde Gabriel Garcia Márquez retrata, em uma escrita sonora, sensivelmente impecável, o mal-estar do amor ideal em meio a um cenário tão inseguro quanto a própria subjetividade humana.
O romance realístico se passa num contexto latino-americano do século XIX, recheado de contradições e desigualdades, entre guerras civis, crises econômicas e de saúde pública – esta última especialmente atravessada pelo surto da cólera.
Tem como protagonismo a relação entre Fermina Daza, casada com um médico de renome no tratamento da cólera, e Florentino Ariza, aristocrata que se torna administrador de frotas marítimas no litoral da Colômbia. Os dois se conhecem ainda muito jovens, no entanto uma série de eventos traumáticos para ambos os distanciam.
De um lado, a mulher escolhe esquecer Florentino Ariza e, do outro, Florentino Ariza continua a nutrir sua paixão adolescente pela imagem cristalizada que criou de Fermina Daza. A narrativa acontece na dialética que gera a síntese do encontro, desencontro e reencontro entre o casal.
A lição sobre amar nos Tempos de Cólera é a da riqueza da imaginação humana em alimentar esperança apesar do pessimismo das situações, bem como a estranheza em aceitar a realidade crua, tal como ela se impõe. Escancara nossa necessidade de dar sentido às coisas, e em meio a erros, acertos, miséria, soberba, desejo, luxúria.
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É sobre apostar na paixão e no sonho mesmo com uma realidade não-favorável. É sobre colocar o navio no mar mesmo com o risco do naufrágio e, ao sentir a brisa das águas batendo no rosto, sorrir por compreender as limitações e mediocridades de nossa pele.
* Giovanna Sarto é nascida e criada entre as sinfonias coloridas de São Paulo, trocou a partitura paulistana pela de Juiz de Fora. É mestranda e especialista em Ciência da Religião e bacharel em Ciências Humanas. Apaixonada por literatura, música e política.
Parabéns Giovana
Vc se expressou muito bem!!! Gostei