Mario Vargas Llosa sobre Trump: PALHAÇO e RACISTA

Mario Vargas Llosa, escritor peruano vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, não poupou críticas (para não dizer ofensas) ao pré-candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump. Enquanto a disputa pelas vagas de candidato à presidência dos Estados Unidos prossegue dando o que falar, cada vez mais pessoas se opõem à candidatura do polêmico milionário que, entre outras coisas, propôs construir um muro para separar os EUA do México e deportar 11 milhões de imigrantes ilegais.

“Ele é um perigo para os Estados Unidos. Trata-se de um país muito importante para ter na Casa Branca um palhaço, um demagogo e um racista como Donald Trump”, disse Llosa em durante entrevista coletiva realizada na última terça (01/03) em Madri sobre seu mais novo romance, “Cinco Esquinas”. Ainda segundo o autor, caso Trump seja o escolhido para concorrer ao cargo, a derrota para Hilary Clinton seria expressiva.

A política e Mario Vargas Llosa

O autor tem estreita relação com a política: Mario Vargas Llosa foi candidato à presidência do Peru em 1990. O tom que permeia seus livros não fica muito atrás. Segundo a avaliação que o consagrou como vencedor do Nobel de 2010, a “cartografia das estruturas do poder e afiadas imagens de resistência, rebelião e derrota do indivíduo” que aparecem em sua obra foi a responsável por lhe garantir o prêmio.

Além do mais recente “Cinco Esquinas”, Llosa é bastante conhecido por diversos de seus livros, como “A cidade dos cachorros”, “Pantaleão e as Visitadoras”, “A Festa do Bode”, e “Travessuras Da Menina Má” e “A Guerra No Fim Do Mundo” – este último inspirado na Guerra de Canudos, no Brasil. Outro prêmio importante conquistado por Mario Vargas Llosa é o Prêmio Cervantes em 1994, nada mais nada menos que o mais importante da literatura em língua espanhola.

* via Folha de São Paulo

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